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Re: [ABE-L]: Reconciliação é possível?



Prezados,

Uma possivel leitura desta discussao (otima ao meu ver), pode levar a conclusao que esta entidade conhecida como vetor de parametros sempre existe na natureza, e nao como uma idealizacao do experimentador(a) apos ter postulado um modelo parametrico (que espera-se ter "vindo" depois de uma analise nao parametrica dos dados). Sim, eu tambem acho que nesta situacao (apos uma analise nao parametrica dos dados, repetindo) o subjetivismo pode ser menor, mas Nonparametric Bayes parece caminhar nesta direcao (??) , incluindo prioris vagas porem proprias. Eh verdade que os modelos parametricos tem tido bastante sucesso na explicacao de muitos fenomenos, qdo. postulados apropriadamente, isto ocorre, em geral, com uma boa analise nao parametrica dos dados (nao me custa repetir). Pessoalmente eu acho que devemos deixar os dados falarem por si mesmos (note que os modelos parametricos estao incluidos nesta afirmacao). Tambem acho que as seguintes afirmacoes podem ser uteis.
1. Todos os modelos estao errados, alguns sao uteis (George Box- UW-Madison)
2. Associacao nao implica necessariamente em causa (pessoal de UW-Madison e UC Berkeley).

Quantificar incertezas eh uma tarefa ardua e geralmente dificil, e neste ponto Bayes, Objective Bayes, Frequentist and nonparametric procedures, tem algo em comum, todos dependem essencialmente dos dados.
Abracos,

ronaldo

PS. Uma piadinha: Estatistica eh como um bisturi. Na mao de um cirurgiao experiente e competente pode ser um instrumento muito util. Na mao da minha filhinha pode ser um desastre. :-)

Francisco Cribari wrote:
Cara Márcia,
Acho que essa discussão está ficando interessante e frutífera. É bom
saber que algo positivo emanou de um debate que teve muitos momentos
pequenos (um deles, infelizmente, de minha parte).
Não acredito numa ciência isenta, isto é, livre de subjetivismo.

Essa é uma afirmação importante. Eu concordo com você. Mas faço duas
observações que refletem *o meu ponto de vista*. (1) Em análises
frequentistas há certamente subjetivismos, como, e.g., a escolha de uma
particular estrutura de regressão. Mas tais subjetivismos são passíveis
de serem testados empiricamente. (2) Uma diferença entre frequentistas e
bayesianos nesse particular reside na condição de segunda ordem: os
frequentistas tipicamente buscam minimizar a subjetividade, que, como
você afirmou, é inevitável.
Você concorda as afirmações reproduzidas abaixo que o Efron fez em um
paper publicado no JASA?
(i) "A frequentist is a Bayesian trying to do well, or at least not too
badly, against any possible prior distribution."
(ii) "Using Bayes rule does not make one a Bayesian. Always using Bayes
rule does, and that's where the practical difficulties begin. (...)
Expert opinion usually does not exist, or may be controversial or even
wrong."

(iii) "Objectivity is one of the principal reasons that frequentism
dominated twentieth-century applications: a frequentist method like
Wilcoxon's test, which is completely devoid of prior opinion, has a
clear claim to being objective -- a crucial fact when scientists
communicate with their skeptical colleagues. Uninformative priors, the
kind that also have a claim to objectivity, are the Bayesian response.
Bayesian statistics has seen a strong movement toward objective
uninformative priors in the past 20 years. Technical improvements, the
computer implementation of Markov chain Monte Carlo methods, have
facilitated this trend, but the main impetus, I believe, is the desire
to compete with frequentism in the domain of real-world applications." Saudações, FC

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