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Re: [ABE-L]: ainda com otimismo



Prezado Prof.Jose Carvalho,

Como sua mensagem ao Gauss foi publica, sinto-me a vontade para comentá-la, 
e o faço com uma pergunta. Por acaso a USP e a UNICAMP aboliram a isonomia ? 
Não! Então eu lamento dizer que a isonomia não é a causa do aparente 
fracasso das IFES. Aliás, isonomia não é pagar o mesmo salário para todo 
mundo e sim pagar o mesmo salário para as mesmas funções. Infelizmente as 
verbas que vão para as IFES também não são isonômicas, o orçamento das 
estaduais paulistas é mais da metade do orçamento de todas as IFES. Isso faz 
diferença, não é ? E, finalmente, a GED que foi criada na gestão do Paulo 
Renato trouxe uma idéia ruim e outra aproveitável. A ruim foi atentar contra 
a isonomia e a paridade com os aposentados. Acabou por se desmoralizar por 
completo à medida que 99% do docentes das IFES atingiram a pontuação máxima 
em dois anos de vigência. A aproveitável era a recuperação do relatório 
anual de atividades que havia caído em desuso. Infelizmente o governo Lula 
na campanha salarial anterior congelou a GED e desencorajou o relatório 
institucional. O sistema SIGMA que na UFRJ coletava estes dados registrou 
uma considerável diminuição de acessos de docentes para lançar suas 
realizações. 
Os problemas de gestão das IFES não provêm, segundo a opinião de quem está 
na lida, somente do corporativismo dos docentes da IFES. Mas das constantes 
intervenções políticas nas universidades federais desde 1968 até os dias de 
hoje. É até surpreendente que as IFES sejam, em geral, superiores às 
eficientemente gerida$ in$tituiçõe$ particulare$ de en$ino $uperior como a 
carioca Estácio e a paulista UNIP. Nelas não há corporativismo, até porque, 
contrariando a lei, não deixam os sindicatos funcionar. E, no entanto, salvo 
as exceções de algumas confessionais, a maioria patina nas avaliações 
institucionais.

[]´s
On Sun, 25 Nov 2007 21:11:12 -0200, Jose Carvalho wrote
> Gauss, meu amigo: na gestao do Paulo Renato, no MEC, o que eu vi,
>  sobretudo, foi um esforco para avaliar as universidades e, em outra 
> linha, os docentes. Com isso, criar diferenciais que levassem a mais 
> esforco, melhor trabalho.  Um trabalho dificil, face - justamente -
>  ao corporativismo, que reagiu fortemente. A ideia de remuneracoes 
> variaveis, resultante de alguma avaliacao, foi vivamente contestada 
> com base na estupida ideia de "isonomia" 
> (iguais proventos em todo Brasil, entre todos os docentes), algo que 
> so desestimula.
> 
> Agora, confesso que estou afastado dessa "lida"; fico sabendo de 
> problemas gerenciais e politicos de universidades, sobretudo as 
> federais,  atraves de colegas. Contudo, ouso achar que uma coisa nao 
> mudou: o governo federal, centralizador, nao tem como bem gerenciar 
> as muitas dezenas de universidades que o povo sustenta sob 
sua "administracao".
> 
> Vi, aqui,congratulacoes dadas por uma classificacao (qual "o" 
> indice?) das 500 "melhores" universidades do mundo. Claro, deu USP e 
> Unicamp na cabeca... do Brasil... da America do Sul... la pelo lugar 
> 200, certo? Ah, que bom! Vc viu quantas universidades CHINESAS 
> estavam a frente de USP e Unicamp? E em lugares bem acima? A 
> classificacao nao e' causa para tanto brio. De todo modo, nao 
> espanta que, no Brasil, saiam USP e Unicamp a frente. O estado de 
> Sao Paulo poderia prescindir facilmente de IFES, com todo respeito a 
> UFSCar e a velha Paulista de Medicina. Ocorre simplesmente isto: 
> ainda que USP e Unicamp (e Unesp) sejam ja dificeis de tratar, do 
> ponto de vista do governo do estado, elas estao mais proximas, entre 
> si, e dos governantes (e talvez do proprio povo, seu cliente, sem 
> querer soar demagogico), que qualquer par de universidades federais.
> 
> Desculpe a falta de acentuacao. Estou fora do Brasil, a maquina nao 
> e minha e o teclado eh desprovido de acentos...
> 
> Abracos,
> 
> Ze
> 
> On Sunday 25 November 2007 11:13:49 gausscordeiro wrote:
> > Caros Redistas,
> >
> > Meu email à rede da ABE sobre as federais tratou apenas
> > de divulgar uma ata de reunião e, o mais importante,
> > o seu pano de fundo era de otimismo e encorajamento aos
> > alunos de doutorado de Estatística que assinam a rede,
> > que agora poderão encontrar um mercado de trabalho nas
> > federais por conta da maior oferta de vagas (devido ao
> > REUNI).
> >
> > Lembo a todos que da segunda metade dos anos 90 ao início
> > do ano 2000, por quase 6 anos, exportamos muitos doutores
> > para fora do País, pois eles não tinham opção de trabalho
> > nas federais. Pura desgraça do Ministro de Educação
> > Paulo Renato que penalizou as federais duramente e só
> > fez crescer exponencialmente as instituições de ensino
> > superior privadas.
> >
> > Acredito que agora a situação melhorou para as federais.
> > Em nenhum momento citei ou discuti o PROIFES.
> >
> > Na minha vida acadêmica sempre defendi a
> > meritocracia e combati enormemente o
> > corporativismo crônico reinante nas federais e
> > em outras instutições públicas no País.
> >
> > Saudações domingueiras,
> >
> > Gauss Cordeiro


Prof. Luis Paulo
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20001-970 Rio de Janeiro, RJ

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