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Re: [ABE-L]: Três pontos



Caro Gauss e colegas,

Permitam-me fazer o papel de advogado do diabo. (Afinal dado que alguém
"provou" usando inferência bayesiana que Deus existe, o diabo deve existir
também... :-)

Certamente há pessoas na nossa comunidade que apresentam produtividade
suficiente para ter bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq e não têm.
E certamente há estatísticos que deveriam ter classificacão 1A e não têm
(ainda). Acho que há consenso sobre esses pontos.

As perguntas relevantes, contudo, parecem-me ser: O que fazer? Que
caminhos tomar? Os caminhos alternativos são melhores que o statu quo? Que
riscos eles embutem? São factíveis, viáveis, realistas? Cabe algum papel à
ABE nesse cenário? Os caminhos da estatística devem estar atrelados aos da
probabilidade? Devemos nos esforcar para que essas duas áreas não se
dissociem? Como, especificamente, deveria ser feita a avaliacao da
producão científica em nossa área? Publicacões em periódicos de outras
áreas devem receber a mesma valoracão de publicacões em periódicos de
nossa área no que tange à concessão de bolsas de pesquisa pelo CNPq e
avaliacão de programas de pós-graduacão pela CAPES?

Uma pergunta adicional: Que argumentos podem ser usados junto ao CNPq com
vistas ao aumento do número de bolsas em nossa área? Há argumentos
quantitativos capazes de ter desdobramentos junto ao CNPq? Quais seriam?

No que tange a essa última pergunta, temo que argumentos do tipo (i)
"temos menos bolsas do que as áreas X e Y" e (ii) "a demanda é baixa na
nossa área porque as expectativas de sucesso são pequenas" embora
verdadeiros tenham pouco impacto junto ao CNPq.

Haverá uma mesa redonda no SINAPE sobre o tema. Seria útil se chegássemos
lá com a discussão adiantada aqui na rede. Neste sentido, seria bom se
outras pessoas se pronunciassem.

Saudacões a todos.

FC