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Re: [ABE-L]: qualis



Caros Cribari e demais colegas interessados nessa discussão,

Eu não sei o fator de impacto do Survey Methodology (SM), pois o software que o calcula só é disponibilizado para consultores Capes. Eu não espero que ele tenha fator de impacto alto, pois ele só foi indexado pelo ISI recentemente. O que sei é que o SM já existe a mais de 25 anos (segue abaixo a lista atual do corpo editorial) e, nesse período, acredito que este periódico tem mais contribuído para o desenvolvimento da Amostragem do que a Technometrics, por exemplo. Portanto, um elemento complicador do processo de classificação por meio de fatores de impacto é que eles podem não medir adequadamente as contribuições de um periódico para a respectiva área de atuação. O resultado que está valendo hoje acabou por dá uma maior valorização de certas áreas em relações a outras. Se houver entendimento desse raciocínio, como resolver isso e quais são as perspectivas para melhoramento da atual classificação?

Saudações cordiais a todos,

Damião.

Francisco Cribari escreveu:
Caros,
Houve apresentação dos novos critérios QUALIS em mesa redonda no último
SINAPE, mesa redonda essa que contou com a presidência da Silvia Ferrari
e com a minha participação, do Gauss Cordeiro e do Marcelo Viana (nosso
representante de área na CAPES). Pena que tal discussão tenha despertado
pouco interesse à época.
Saliento mais uma vez que a classificação QUALIS foi norteada por dois
indicadores bibliométricos, a saber: fator de impacto e meia-vida. Esses
indicadores são, no entender da comissão, complementares e medem
aspectos relevantes do alcance científico de um periódico em nossa área.
Nesse sentido, seria benéfico se as contribuições ao debate que citam
periódicos específicos contivessem os fatores de impactos e as
meias-vidas das revistas citadas. Isso permitiria uma comparação de
primeira ordem com outras revistas da área. Saudações capesnianas,
FC
On Mon, 2009-03-09 at 11:38 -0700, Caio Lucidius Naberezny Azevedo
wrote:
Caros,
Faço minhas as palavras do colega Damião. A "sorte" talvez, de quem
trabalha com a TRI no Brasil, seja a de que existem artigos nessa área
que já foram publicados pro revistas que possuem um bom conceito
Qualis.
Reitero o fato de que algumas das revistas que publicam artigos de
grande impacto na TRI, nem sequer têm conceito Qualis.
Cordiais saudações, Caio

--- Em seg, 9/3/09, damiao <damiao@ccet.ufrn.br> escreveu:

        De: damiao <damiao@ccet.ufrn.br>
        Assunto: Re: [ABE-L]: qualis
Para: Cc: abe-l@ime.usp.br
        Data: Segunda-feira, 9 de Março de 2009, 14:41
Caros colegas, Após a classificação anunciada do novo Qualis, eu mantenho a minha
        preocupação que tinha anteriormente se esse instrumento irá promover o
        desenvolvimento das áreas da Estatística, como um todo.  Cite o exemplo da
        área em que estou interessado, que é Amostragem.  Hoje os principais avanços
        nesta área estão sendo  publicados, como regra, em periódicos como o Survey
        Methodology (SM) e o Journal of Official Statistics (JOS).  O corpo editorial
        desses periódicos tem mantido ativos e com contribuições importantes na área
        ao longo dos anos.  Contudo, o SM foi classificado como B3 e o JOS como B4, pelo
Qualis. É bem verdade que bons artigos em amostragem podem ser publicados em muitos
        dos periódicos A1 e A2.  Contudo, vejam como a situação é delicada.  Para
        isso, cito um artigo do Prof. Wayne Fuller que foi submetido para o JASA.  O
        artigo foi rejeitado com o parecer que o trabalho era muito específico de
        amostragem e ele deveria ser encaminhado para uma revista da área.  No final
        das contas, o trabalho foi muito bem aceito pelo Survey Methodology. É
        inegável a qualidade da pesquisa  que o Dr. Fuller faz e são inúmeras as
        contribuições dele não só para a amostragem, mas para outras áreas da
        Estatística. Eu tive um artigo com parecer não muito diferente (do
        Scandinavian Journal of Statistics) e fiquei com a impressão que faltou
        honestidade dos avaliadores em revelar que eles não tinham competência na
área de amostragem, pois nenhum problema técnico foi levantado. A situação ficou ainda pior. Na classificação antiga, o SM não estava
        listado na nossa área, mas era "A" no comitê de PLANEJAMENTO URBANO
        E REGIONAL / DEMOGRAFIA.  Agora, neste comitê, o SM passou a ser B4. Portanto,
        se antes havia a alternativa de uma mudança de comitê e de perfil do
        pesquisador para trabalhos multidisciplinares, percebo que agora, parece-me que
        seria melhor pesquisar em áreas com maior valorização nos periódicos A1 e
        A2.
Portanto, se o que levantei aqui é relevante, a questão se torna em como
        corrigir essas distorções?  Acredito que a única forma é refletir se os
        critérios adotados são suficientes.   Falo tudo isso não apenas advocando em
        causa própria. Mas, penso que a pesquisa em Amostragem merece continuar sendo
        valorizado dentro do nosso comitê.  Será que há problemas similares em outras
        áreas?
Um abraço a todos... Damião. gausscordeiro escreveu: > > Caros Redistas, > > > Eu estou com pouca energia para comentar a extrema complexidade do qualis > > e acho melhor me dedicar mais a minhas duas netas. Entretanto, acho > > que a classificação antiga (três níveis) da CAPES era bem mais
        simples
> > e menos sujeita às injustiças do que a atual (sete níveis) em algumas > > áreas como a nossa. Eu acho que já disse isso ao Marcelo e ao Francisco
        Cribari.
> > Claro que eles seguiram normas da CAPES na elaboração da lista. > > > Eu gosto muito do modelo da FGV em que as publicações têm um valor > > monetário associado, dependendo do periódico. No CNPq, todos nós
        sabemos,
> > algumas áreas têm pesquisadores nível 1 que nunca publicaram em
        periódicos
> > internacionais, enquanto isso inexiste em estatística. > > > Minha sugestão: o valor da bolsa do triênio deveria ser uma função
        linear
> > da produtividade do triênio anterior, levando-se em consideração o
        valor
> > monetário agregado ao periódico científico. Se a FGV e algumas
        instituições
> > do exteior fazem isso, o CNPq poderia, no meu entender, poderia fazê-lo. > > Entretanto, acho que a maioria dos pesquisadores não gostariam da idéia. > > > Finalmente, apenas para comparar valores, uma eficiente instrumentadora > > cirúrgica em São Paulo ganha num cirurgia de duas horas, mais do que eu > > ganho num mês como bolsista de produtividade do CNPq. Talvez ela seja > > realmente bem mais importante do que eu. > > > Cordiais Saudações, > > > Gauss Cordeiro > > > > "O único lugar no mundo onde o sucesso vem antes do trabalho é no
        dicionário" (Vidal Sasson)
> > > > > <http://www.frasesfamosas.com.br/de/winston-churchill.html> > > > > > Em 09/03/2009 12:19, *Fabio Prates Machado * escreveu: > > > > > Caros > > Ha muitas criticas fortes em relação a nova sistemática
        >     de avaliação. Algumas são exageradas, certamente, mas acho que
        >     ha algum esforço das comissões que ajudam a manter estas críticas
        >     ecoando.
> > Olhando a lista das revistas A2 encontramos > > Journal of Vascular Surgery
        >     Stochastic Processes and their Applications
> > La no B3 (4 níveis abaixo) esta: > > Electronic Journal of Probability > > Ha alguem na comunidade de pesquisadores da área de probabilidade
        >     e estatistica que possa apresentar um argumento para estas
        >     classificações?
        >     Duvido.
> > Não é difícil apresentar outros exemplos de bizarrices como estas. > > Saudaçoes > > Fábio > > > Fabio Prates Machado > > ------------------------------------------------------------------------ > > > No virus found in this incoming message.
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