Caro Basilio, Gostei muito da frase:"Variável aleatória para um matemático e apenas uma função mensurável, para um estatístico é a alma de uma observação."
Aqui no ICMC USP - São Carlos, nos confrontamos sempre com alguns matemáticos afirmando que a estatística é só um (pequeno) ramo da matemática (segundo alguns, menor que a a álgebra). Esta semana eu perguntei a alguns deles se eles já deram diploma
de algebrista para alguém? ou se existe um bacharelado em álgebra? :-))) Abs. Marinho Basilio de Bragança Pereira escreveu:
Na minha experiencia , acho que o que atrapalha o ensino e portanto a divulgacao da estatistica para outros profissionais e que disciplinas de estatistica para outros cursos tem que ser lecionados nos anos finais do cursos e nao nos primeiros anos como em geral e feito Como ensinar uma metodologia cientifica como a estatistica se o individuo nao sabe nada de sua profissao e ciencia. Somente quando ele ja esta com algum conhecimento de sua profissao pode aprender a utilidade dos metodos cienticos como a estatistica.O problema e convencer os coordenqadores de outros cursos .Como disse no passado estatistica nao e matematica , e nao pode ser ensinada como matematica nos primeiros anos dos cursos. Nao estou dizendo que o estatistico nao precisa saber matematica, mas apenas que e mais dificil que matematica.Novamente parafraseando um grande estatistico (Se nao me engano G Watson)Variavel aleatoria para um matematico e apenas uma funcao mensuravel, para um estatistico e a alma de uma observacao. Ou de outra forma: a observacao e o nascimento de uma variavel aleatoria.Basilio + Prof. Marinho G. Andrade Filho Escreveu:Caros,Acho muito difícil divulgar o potencial da estatística para outras áreas quando nos currículos destas áreas, tais como engenharias, biologia e outras, o pouco conteúdo de estatística que é ministrado tem sido dado de forma diluída em algumas disciplinas destes curso, isso tem ocorrido com algumas engenhas ao ministrarem disciplinas de confiabilidade e controle de qualidade. Como resultado se ver fragmento de estatística ministrada para esses estudantes, em geral de forma superficial e por professores que mal conhecem meia dúzia de distribuições e nem, seque sabe fazer um teste t para comparação de duas médias. Um caminho que acho interessante seria promover, para estudantes e profissionais destas diferentes áreas, palestras e apresentações de aplicações da estatística de bom nível aos problemas destas áreas (porém com uma visão mais aplicada do que teórica). Mas acho que a estatística no Brasil ainda é muito jovem, e precisamos nos preocupar muito mais com a qualidade dos bacharelados emestrados antes de pensarmos em outras áreas. Abs. MarinhoSilvia Emiko Shimakura escreveu:Hedibert, penso que temos que nos unir para que a Estatística no Brasil enquanto conhecimento/área/profissão como um todo possa ter sua importância reconhecida e admirada.Acredito que todos que fazem uso da Estatística (com ou sem carteirinha)gostariam de receber um olhar de admiração e não de espanto ou de interrogação ao citar sua profissão. Nós da área sabemos o quanto somos "sexies" :-) Auto-estima não nos falta...mas o mundo não sabe disso. Volto a dizer...precisamos mesmo de um bom marketeiro. Abs, SilviaPorque nao fazer isso sem o conre? Pelo que me lembro o conre exigia que somente estatisticos fizessem estatistica. Tomara que tenham mudado, mas minha priori e' pouco credula nessa direcao. Abs, Hedibert On Jun 1, 2009, at 11:58 AM, "Silvia Emiko Shimakura" <silvia.shimakura@ufpr.br > wrote:Caros redistas, como todos nós sabemos atrair bons alunos para a graduação em EstatÃstica não é exatamente uma missão fácil. Penso que muito dessa dificuldade podeser explicada pela falta de informação da sociedade em geral sobre quais são as competências deste profissional. Ninguém tem dúvida do que pode fazer um médico, um advogado, um engenheiro, mas quantos sabem o que faz um EstatÃstico? Minha sugestão é que a ABE lidere juntamente com o CONRE um movimen to AMPLO de divulgação das áreas de atuação de um profissional de EstatÃstica. Porque não torná-la uma profissão "sexy" já que é isso mesmo que ela é? Se até o Lula tem seu marketeiro por quê não a EstatÃstica? Silvia -- Profa. Silvia Shimakura, PhD Laboratório de EstatÃstica e Geoinformação Universidade Federal do ParanáBasilio de Bragança Pereira *Titular Professor of Bioestatistics and of Applied Statistics *FM-Faculty of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho. *UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro *Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045 www.po.ufrj.br/basilio/ *MailAddress: COPPE/UFRJ Caixa Postal 68507 CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ Brasil