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RE: [ABE-L]: Eleições diretas para reitor na USP



Prezados,

Não conheço a situação da USP, porém acompanhei ativamente duas eleições para a reitoria da UFRGS e fui membro da Comissão Eleitoral para a Eleição da Vice-Direção do Instituto de Matemática da UFRGS. 

Aqui, o voto dos Docentes tem peso 0,7 (por força de Lei) e o restante, em geral (ou seja, nem sempre), é distribuído igualmente entre TAs e Discentes.

Entendo que a eleição direta, ou seja, uma cabeça = um voto, é inviável, visto que a categoria dos discentes tenderia a se sobressair muito em relação às outras, por outro lado, a atual ponderação é exagerada em prol dos docentes. Exemplificando: Nas últimas eleições para a reitoria da UFRGS, caso todos os votantes habilitados votassem, o candidato vencedor seria aquele que tivesse exatos 1.933 votos docentes, mesmo que os outros cerca de 35 mil indivíduos da comunidade acadêmica (32.532 discentes, 2.567 técnico-administrativos e os outros 772 docentes) votassem no outro candidato.

Enfim, acredito que a eleição direta não é o caminho correto, porém a atual distribuição de pesos também é algo que deve ser repensado.

-- 
Gabriel Afonso Marchesi Lopes
Atuário MTb/MIBA Nº 2.068
Estatístico CONRE/4ª Região Nº 9.765
Bacharel em Ciências Atuariais - Faculdade de Ciências Econômicas/UFRGS
Bacharel em Estatística - Instituto de Matemática/UFRGS
Acadêmico da Pós-Graduação em Perícia e Auditoria - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Contabilidade/UFRGS
Telefone: (0xx51) 9727.2524


Date: Thu, 3 Oct 2013 20:33:46 -0300
From: basilio@hucff.ufrj.br
To: abe-l@ime.usp.br
Subject: Fwd: [ABE-L]: Eleições diretas para reitor na USP





Prezado Vermelho
Inclua somente o nome do Maculan na sua lista .
Teixeira não fez carreira acadêmica
Basilio


Em 3 de outubro de 2013 09:59, Celso Rômulo <celsoromulo@gmail.com> escreveu:
Prezado Vermelho,

Concordo plenamente com você. Mas estou principalmente fazendo observações  ao processo eleitoral em si, não a indivíduos em particular.  E não generalizei, falei em "boa parte da comunidade acadêmica". Maculan e Teixeira, com certeza, não estão aí. O que relatei é com base no que observo há anos na minha universidade e em discussões com professores de outras federais com os quais tenho contato frequente, somente isso. No final das contas, acredito que esta experiência dita democrática trouxe mais prejuízos que benefícios à universidade publica.

Celso Rômulo B. Cabral
Prof. Associado 
Departamento de Estatística 
Universidade Federal do Amazonas


2013/10/3 Vermelho <vermelho2@gmail.com>
Acho que em tudo a casos e casos.
Sei que na UFRJ, não sou de lá, conheço os casos de, pelo menos, dois ex reitores eleitos pelo voto que jamais deixaram a sala de aula mesmo quando estavam exercendo o cargo. Não deixaram a sala nem as muitas orientações. Aliás, essas mesmas duas pessoas chegaram a ocupar cargos importantes na administração federal, chegando até a secretaria geral de ministérios, em governos diversos, sem nunca deixarem suas atividades acadêmicas e didáticas (escrevo assim porque muitos gostam de separar). Cito seus nomes como homenagem: Nelson Maculan e Aluisio Teixiera.
Por outro lado, certamente todos conhecemos casos de reitores escolhidos por outras formas que só fizeram política e se esqueceram suas origens.
É sempre bom e prudente não generalizar. Lembremos dos erros do tipo 1 e 2.
Abraços,


Em 2 de outubro de 2013 20:42, Celso Rômulo <celsoromulo@gmail.com> escreveu:

Apesar de algumas pessoas acreditarem verdadeiramente que esta é uma opção democrática, no fundo, a experiência nas federais tem mostrado que trata-se de uma enorme cilada. Toda a espécie de tramóia, conchavo e golpe baixo da política tradicional é trazida pra dentro da universidade. Surge o docente especializado na caça de cargos, que passa boa parte do seu tempo articulando uma vaga na próxima administração. Durante o período eleitoral, boa parte da comunidade acadêmica envolve-se no processo eleitoral. Professores que estão diretamente envolvidos (candidatos a reitor, vice, possíveis detentores de cargos), passa a não ministrar mais aulas. Depois das eleições, as feridas não cicatrizadas chegam a inviabilizar alguns procedimentos dentro da academia. Há anos sou testemunha ocular de tudo isto. Há anos meu voto é nulo em protesto a esta que é, na minha opinião, uma maneira equivocada de se fazer   democracia.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1350589-alunos-em-greve-continuam-com-invasao-na-reitoria-da-usp.shtml

--
Celso Rômulo B. Cabral
Prof. Associado 
Departamento de Estatística 
Universidade Federal do Amazonas



--
Vermelho
F.: (21) 2501 2332 - casa
           2142 0473 - IBGE



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Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558
www.po.ufrj.br/basilio/
*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brazil




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Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
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