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RE: [ABE-L]: A irresponsável meritocracia




Cara Danielle: 

Os USA realmente tem muita coisa boa. 

Fiz meu doutorado em Cornell, em Ithaca, NY. A escola publica que meus filhos la frequentaram era melhor que qq escola particular aqui em Sao Paulo. 

Outra coisa que me deixou entusiasmado foi a participacao dos pais e da comunidade na gestao da escola: Todo mundo envolvido e ajudando como podia NOSSA escola. 
De recursos financeiros a trbalho voluntario. Eh uma comprrensao pessoal e social da Res-Publica que esta muito, muito acima do que temos hoje no Brasil. 

O recolnhecimento e a valorizacao do merito, em todas as areas, eh uma parte integrante e indissociavel desta visao de mundo, e a raiz da grande mobilidade social do (muito real) sonho Americano. 

Aproveite ai as oportunidades,  que eu curto aqui minha saudade de Ithaca... 

---Julio      

________________________________
> Date: Sat, 12 Nov 2011 16:32:54 -0800 
> From: daniellesteffen@yahoo.com 
> Subject: Re: [ABE-L]: A irresponsável meritocracia 
> To: jmstern@hotmail.com; basilio@hucff.ufrj.br 
> CC: cpereira@ime.usp.br; abe-l@ime.usp.br 
>  
> Prof. Julio, 
>  
> Nao me entenda mal. O sistema meritocratico americano eh invejavel.  
> Estou vendo isso pessoalmente, com duas pessoas da familia (as outras  
> duas ainda falta um tempo rsrs). A pilha de material de propaganda de  
> colleges que minha filha mais velha vem recebendo desde marco, quando  
> sairam as notas do PSAT, eh absurda. Dos colleges que ela almeja (os  
> 30-40 melhores), todos mandaram material convidando-a a  
> aplicar. Estamos no aguardo de respostas do Early, mas ela ja tem uma  
> bolsa de $24,000 para o RIT (Rochester Institute of Technology), para  
> qualquer curso que ela quiser, devido ao desempenho dela na high  
> school. 
>  
> Isso eh admiravel. Nao consigo imaginar o Brasil com algo semelhante,  
> num futuro tao proximo. As bolsas que as universidades (com tuitions  
> carissimas) dao por aqui INCLUEM comida, moradia e livros, e algumas  
> inclusive viagens para casa para visitar a familia. Uma universidade  
> gratuita no Brasil NAO EH equivalente a isso. Fora que nao ha restricao  
> aa moradia de familias nos alojamentos estudantis daqui (moramos em  
> um), e principalmente, a jornada de trabalho para quem precisa  
> sustentar uma casa enquanto estuda eh extremamente flexivel. Isso sim  
> eh meritocracia. 
>  
> Esse sistema que eles montaram aqui (mesmo com a elite existente aqui),  
> eh simplesmente admiravel. Ele consegue (claro que nao de maneira  
> perfeitamente eficiente) alavancar pessoas com habilidades  
> (intelectuais, artisticas, ate mesmo esportivas) para niveis que se  
> essas mesmas pessoas tivessem nascido no Brasil, ou nao conseguiriam,  
> ou seria extremamente dificil. E sinceramente, da pra melhorar, mas do  
> jeito que esta, eh muito bom. Alias, conheco o sistema de ensino daqui  
> inteiro por pedacos - do 5th grade ate o 12th, e alguma coisa do PhD  
> (como mae e esposa de alunos, alem de participar de comissao de pais,  
> etc, etc, como ja fazia no Brasil). 
>  
> Quero ver o dia que conseguiremos implementar algo similar no Brasil.  
> Nao vejo perspectiva disso tao cedo. 
>  
> Abs, 
> Danielle 
>  
> ________________________________ 
> De: Julio Stern <jmstern@hotmail.c 
> Para: Basilio de Bragança Pereira <basilio@hucff.ufrj.br> 
> Cc: Carlos Pereira <cpereira@ime.usp.br>; ABE Lista <abe-l@ime.usp.br> 
> Enviadas: Sábado, 12 de Novembro de 2011 19:13 
> Assunto: RE: [ABE-L]: A irresponsável meritocracia 
>  
>  
>  
> Caro Basilio: 
>  
> Sei muito bem a sua historia (da qual o Carlinhos conta um pouco em  
> e-mail paralelo na rede).   Quando falo da Real Familia (Orleans e)  
> Braganca, estou so brincando com voces dois. 
>  
>  
> Ademais, minha experiencia pessoal ensina que para crescer nesta vida,  
> bencaos e maldicoes, dificuldade e facilidade, azar e sorte, tem que  
> vir em equilibrio, na medida certa. 
>  
> Um caminho feito so de tristeza, destroi a alma; um caminho so de  
> alegria, leva aa fraqueza. 
>  
> Uma vez escrevi com o Carlinhos um artigo sobre ciencia ambiental, onde  
> eu nao conseguia entender porque os ratinhos obsevados em uma area  
> contaminada apresentavam alguns indicadores melhores que os ratinhos de  
> uma reserva ecologica. 
>  
> O Carlinhos matou a charada na hora: 
> Eh o -efeito nordestino- ele disse: Os que sobrevivem, sao fortes! 
>  
>  
> Cara Danielle: 
>  
> O melhor amigo do preconceito e a memoria curta e seletiva. 
> A velha aristocracia do Mayflower, virou aristocracia 150 anos depois  
> de chegar ao novo mundo. 
> Na velha Inglaterra, o pessoal do Mayflower era apenas um bando de  
> Puritanos e Protestantes desprezados pela velha aristocracia Anglicana  
> de sangue azul. 
>  
> Mas a vida eh assim mesmo, Os caes ladram e a caravana passa... 
>  
> ---Julio 
>  
> Referencias 
> A.M.S.Bueno, C.A.B.Pereira, M.N.Rabelo-Gay, J.M.Stern  
> (2002). Environmental Genotoxicity Evaluation: Bayesian Approach for a  
> Mixture Statistical Model. SERRA - Stochastic Environmental Research  
> and Risk Assessment, 16, 267-278. 
>  
>  
>  
> ________________________________ 
>  > Date: Sat, 12 Nov 2011 09:32:43 -0200 
>  > From: basilio@hucff.ufrj.br<mailto:basilio@hucff.ufrj.br> 
>  > To: jmstern@hotmail.com<mailto:jmstern@hotmail.com> 
>  > CC: cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br>;  
> abe-l@ime.usp.br<mailto:abe-l@ime.usp.br> 
>  > Subject: Re: [ABE-L]: A irresponsável meritocracia 
>  > 
>  > Caro Julio 
>  > 
>  > Com todo respeito de um Cristao Novo , Pereira,  discordo de voce por 
>  > ter sentido na pele a discriminaçao no meu proprio trabalho por nao ser 
>  > da boa e velha familia. A meritocracia me fez ultrapassar aqueles que 
>  > discriminavam. 
>  > O que me desagrada é que existe uma falsa meritocracia , que nao ve 
>  > exatamente a boa formaçao academica e somente os resultados que na rede 
>  > da ABE se acordou chamar de "produtivistas" 
>  > No caso da estatistica isso pouco ocorre pois a maioria das nosssas 
>  > posgraduaçoes primam por uma boa formaçao mas em outras areas vejo 
>  > muito idiota passando por genio e formando mal os adeptos ( para nao 
>  > desfazer da palavra discipulo neste contexto) 
>  > O nosos amigo Jorge de Souza escreveu um texto muito bom sobre o 
>  > assunto criticando o ensino desde o primeiro grau ate o hoje 
>  > desvirtuado Pos Doutoramento que falsamente se convencionou considerar 
>  > um grau academico!!!!! 
>  > Vou tentar conseguir o texto e enviar a rede. 
>  > Abraço 
>  > Basilio 
>  > 
>  > Em 12 de novembro de 2011 08:10, Julio Stern 
>  >  
> <jmstern@hotmail.com<mailto:jmstern@hotmail.com><mailto:jmstern@hotmail.com<mailto:jmstern@hotmail.com>>>  
> escreveu: 
>  > 
>  > 
>  > Basilio: 
>  > 
>  > A distincao que voce faz eh importante. 
>  > 
>  > - Boa tecnica eh uma condicao necessaria mas nem de longe suficiente 
>  > para boa ciencia. (Idem para economia, e mais ainda filosofia) 
>  > O problema que o artigo sugere que se suplemente esta primeira 
>  > distincao com uma segunda distincao, baseada em uma qualificacao que 
>  > nao eh ad-res, mas ad-homine: 
>  > 
>  > - Aristocratas de boa e velha familia  vs. intelectuais selecionados 
>  > por mecanismos que permitem alta mobilidade social. 
>  > 
>  > Considero ambas as distincoes elitistas mas, do meu ponto de vista 
>  > pessoal, a primeira eh altamente positiva e progressiva, enquanto a 
>  > segunda eh altamente negativa e retrograda. 
>  > 
>  > Sei que voce, Basilio, eh um representante da augusta e nobre familia 
>  > de-Braganca. Acho que tudo que seu maninho esta dizendo eh que pobres 
>  > plebeus como eu  tambem podem chegar a merecer seu lugar ao sol...  :-) 
>  > 
>  > Um abraco, ---Julio 
>  > 
>  > 
>  > ________________________________ 
>  >  > Date: Fri, 11 Nov 2011 20:49:54 -0200 
>  >  > From:  
> basilio@hucff.ufrj.br<mailto:basilio@hucff.ufrj.br><mailto:basilio@hucff.ufrj.br<mailto:basilio@hucff.ufrj.br>> 
>  >  > To:  
> cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br>> 
>  >  > CC:  
> abe-l@ime.usp.br<mailto:abe-l@ime.usp.br><mailto:abe-l@ime.usp.br<mailto:abe-l@ime.usp.br>> 
>  >  > Subject: Re: [ABE-L]: A irresponsável meritocracia 
>  >  > 
>  >  > Caro irmao 
>  >  > Voce tem razao nas duas coisas , o artigo tem preconceito e tambem 
>  >  > (como no dialogo Frost/Nixon) vontade de derrubar. 
>  >  > Entretanto temos que ver que  a falta de humildade indicada muitas 
>  >  > vezes ocorre. 
>  >  > No caso de ciencia é preciso distinguir formaçao de pesquisadores com 
>  >  > formaçao de produtores de artigos. 
>  >  > Na matematica e estatistica é mais dificil publicar sem ser 
>  >  > competencia, mas em todas asareas  existem muitos ( poe muito nisso) 
>  >  > docentes  que nao se preocupam que o aluno tenha um minimo de 
>  >  > raciocinio e competencia,. alem é claro de humildade para reconhecer 
>  >  > suas deficiencias.Basta que resulte em artigos de suas dissertaçoes e 
>  >  > teses . 
>  >  > Me lembro de um comentario na politica :  que é mais perigoso ter um 
>  >  > politico mal intencionado e  inteligente do que um burro. 
>  >  > Basilio 
>  >  > 
>  >  > Em 11 de novembro de 2011 18:49, 
>  >  > 
>  >  
> <cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br>><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br>>>> 
>  > escreveu: 
>  >  > Caros redistas: 
>  >  > Lendo o estadão de ontem fiquei muito incomodado, talvez indignado, com 
>  >  > o teor do seguinte artigo.  Será que entendi mal ou é mesmo uma 
>  >  > reflexão preconceituosa? 
>  >  > Vejam abaixo 
>  >  > 
>  >  > Carlinhos 
>  >  > 
>  >  > http://blogs.estadao.com.br/radar-global/12121/ 
>  >  > 
>  >  > 
>  >  > 
>  >  > VISÃO GLOBAL: A irresponsável meritocracia 
>  >  > 
>  >  > Usando a inteligência para o próprio bem, a elite é responsável por 
>  >  > levar-nos para o abismo nos últimos anos 
>  >  > Por Ross Douthat ? New York Times* 
>  >  > 
>  >  > Esta é uma história sobre a promessa da América. Um menino cresce na 
>  >  > zona rural de Illinois, neto de um agricultor que perdeu tudo na Grande 
>  >  > Depressão. Ele frequenta a escola secundária da pequena cidade, depois 
>  >  > cursa a universidade do Estado, onde é honrado com o título de membro 
>  >  > Phi Beta Kappa (sociedade americana que congrega estudantes 
>  >  > universitários que atingiram o mais alto nível nos estudos). 
>  >  > 
>  >  > Ele cumpre seu serviço militar, obtém seu MBA e depois vai trabalhar 
>  >  > num dos bancos regionais do Meio Oeste. Numa era diferente, ele talvez 
>  >  > permanecesse ali durante todo o restante de sua carreira. Mas o jovem 
>  >  > teve a sorte de viver nas décadas de 60 e 70, exatamente quando a elite 
>  >  > branca, protestante e anglo-saxã estava se dissipando e as grandes 
>  >  > instituições da Costa Leste abriam suas portas para pessoas lutadoras 
>  >  > de todos os lugares. Assim, nosso menino de uma fazenda de Illinois 
>  >  > prossegue ascendendo na carreira. 
>  >  > 
>  >  > Ele muda para New Jersey e vai trabalhar no banco Goldman Sachs. 
>  >  > Progride na carreira e se torna CEO da instituição e muitas vezes 
>  >  > milionário. Entra na política, conquista um mandato no Senado e é 
>  >  > eleito governador de New Jersey. Quando perde a disputa para sua 
>  >  > reeleição como governador, retorna a Wall Street como diretor de uma 
>  >  > empresa de serviços financeiros. 
>  >  > 
>  >  > Neste momento você pode ter percebido que estou falando de Jon Corzine. 
>  >  > Neste caso, provavelmente sabe também que esta história inspiradora 
>  >  > teve um final infeliz ? para New Jersey, que se deparou com um enorme 
>  >  > desastre orçamentário quando Corzine deixou o cargo; para sua empresa 
>  >  > de Wall Street, MF Global, que na semana passada pediu falência depois 
>  >  > de perder US$ 600 milhões de clientes; e para o antigo menino da 
>  >  > fazenda de Illinois, que renunciou na sexta-feira completamente 
>  >  > desacreditado. 
>  >  > 
>  >  > Mas essa súbita queda não torna a história de vida de Jon Corzine menos 
>  >  > emblemática da nossa era da meritocracia. De fato, sua ascensão, 
>  >  > irresponsabilidade e ruína são uma coisa só. Há décadas os EUA vêm 
>  >  > abrindo caminho no sentido de privilegiar seus jovens mais brilhantes e 
>  >  > determinados, selecionando os melhores e mais brilhantes jovens de 
>  >  > Illinois, Mississippi e Montana e colocando-os em funções de poder em 
>  >  > Manhattan e Washington. Ao promover os filhos de agricultores e 
>  >  > porteiros, como também advogados e corretores de bolsas, criamos o que 
>  >  > parecia ser a elite mais trabalhadora e capaz, com um alto QI de toda a 
>  >  > história da humanidade. 
>  >  > 
>  >  > Interesses. Mas nos últimos dez anos o que vimos foi esta mesma elite 
>  >  > nos levar para o abismo ? principalmente por usar sua inteligência para 
>  >  > seu próprio bem. Nas aristocracias hereditárias, as debacles costumam 
>  >  > surgir com a estupidez e a obstinação. Nas meritocracias, contudo, é a 
>  >  > própria inteligência de nossos líderes que cria os piores desastres. 
>  >  > Convencidos de que suas capacidades pessoais conseguem fazer frente a 
>  >  > qualquer tarefa ou desafio, os meritocratas assumem riscos que as 
>  >  > elites menos brilhantes jamais contemplariam. 
>  >  > 
>  >  > Inevitavelmente, quanto maior o orgulho, maior o tombo. Robert McNamara 
>  >  > e os meninos gênios da era do Vietnã achavam que conseguiram reduzir a 
>  >  > guerra a uma ciência exata. Alan Greenspan e Robert Rubin pensavam ter 
>  >  > feito o mesmo no tocante à economia global. 
>  >  > 
>  >  > Para os arquitetos da Guerra do Iraque, o Exército americano libertaria 
>  >  > o Oriente Médio das ciladas da História; os artífices da União Europeia 
>  >  > acreditavam que uma moeda comum faria o mesmo no caso da Europa. E para 
>  >  > Jon Corzine sua sagacidade o capacitava a transformar uma corretora de 
>  >  > segundo escalão numa próxima Goldman Sachs, investindo muito, apostando 
>  >  > muito e esperando pelas recompensas. 
>  >  > 
>  >  > No lugar de meritocratas irresponsáveis, não precisamos de ignorantes 
>  >  > incapazes, mas de líderes inteligentes que conhecem os próprios 
>  >  > limites, pessoas experientes cujas vidas as ensinou o que é a 
>  >  > prudência. Ainda necessitamos dos melhores e mais brilhantes, mas é 
>  >  > preciso que eles, de alguma maneira, tenham aprendido ao longo da vida 
>  >  > a ser mais humildes. 
>  >  > 
>  >  > *É COLUNISTA 
>  >  > TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 
>  >  > 
>  >  > 
>  >  > Carlos Alberto de Braganca Pereira 
>  >  > 
>  >  
> <cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br>><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br><mailto:cpereira@ime.usp.br<mailto:cpereira@ime.usp.br>>>> 
>  >  > 
>  >  > 
>  >  > 
>  >  > -- 
>  >  > 
>  >  > Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE) 
>  >  > *UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro 
>  >  > *Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics 
>  >  > *FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and 
>  >  > HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho. 
>  >  > 
>  >  > *Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558 
>  >  > 
>  >  
> www.po.ufrj.br/basilio/<http://www.po.ufrj.br/basilio/><http://www.po.ufrj.br/basilio/> 
>  >  > 
>  >  > *MailAddress: 
>  >  > COPPE/UFRJ 
>  >  > Caixa Postal 68507 
>  >  > CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ 
>  >  > Brazil 
>  >  > 
>  >  > 
>  > 
>  > 
>  > 
>  > 
>  > -- 
>  > 
>  > Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE) 
>  > *UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro 
>  > *Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics 
>  > *FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and 
>  > HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho. 
>  > 
>  > *Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558 
>  > www.po.ufrj.br/basilio/<http://www.po.ufrj.br/basilio/> 
>  > 
>  > *MailAddress: 
>  > COPPE/UFRJ 
>  > Caixa Postal 68507 
>  > CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ 
>  > Brazil 
>  > 
>  > 
>  
>