Caro Basilio Primeiramente agradeço o envio dos artigos. Sobre a flexibilização e acrescento parcimônia é disso que falo na resposta à questão 2. Volto a insistir de que não estou discutindo (e quero evitar por várias razões) a questão posta de fora da escola frequentista. O ponto é que dentro desse corpo teórico a aleatorização é chave para a realização de inferência estatística, isso apresentado por Fisher na década de 20. Cito o que me escreveu um excelente professor de planejamento de experimentos, ao qual tenho grande admiração [..] Parafraseando Wilton Bussab: “Pode-se fazer inferência com qualquer amostra, mas, Inferência Estatística, só com amostras aleatórias”. Portanto, quando leio um artigo na área de saúde onde nenhum procedimento de aleatorização foi realizado, considero um erro grosseiro a utilização de testes de hipótese, intervalos de confiança. Para mim, além de inadequado, não é informativo. Ao contrário induz a vários erros de tomada de decisão clínica. Sou testemunha e não sou o único de que alunos no início do curso de medicina aprendem com seus professores não estatísticos que o critério de decisão para importância do resultado é a significância estatística independentemente do planejamento amostral e eles olham as tabelas louquinhos para encontrar o que chamam resultado positivo (p<alpha). No artigo Sequential allocation to balance prognostic factors in a psychiatric clinical trial enviado, destaco na página 17 que os autores assumem que [..] The “random” aspect of treatment arm allocation is preserved due to the random sequence in which patients arrive for inclusion in clinical trials.[..] Mas pelo menos um autor desse artigo é um excelente professor da escola Bayesiana ao qual tenho o maior respeito, e como disse não quero AINDA discutir a partir da perspetiva dessa escola. Quanto à subjetividade à qual me referi em relação à questão 4 foi no sentido Bayesiano do termo e não em outro sentido. Respondendo ao caro Dorival, me parece que houve algum mal entendido sobre o que escrevi. Cito aqui as suas palavras (Dorival) na mensagem enviada à lista discutindo sobre a questão da medição [...] Como os laboratórios realizam o experimento probabilístico da medição sob condições de repetibilidade, podemos supor que temos amostras aleatórias como resultado do EP. Assim, não é absurdo utilizarmos técnicas como, IC ou valor p, para determinar a compatibilidade de laboratórios com relação a uma referência.[...]. E é justamente isso que estou falando: não considero absurdo os procedimentos citados em planos amostrais probabilísticos, mas o seu uso em planos amostrais não probabilísticos. Não disse outra coisa nas mensagens anteriores. Aproveito para enviar um artigo (de alguns que coleciono) sobre o que estou questionando. Na verdade ponho essas questões para os frequentistas, já que é essa escola que é ainda tradicionalmente utilizada na produção científica quantitativista também no Brasil, particularmente por pesquisadores da área de saúde. Um abraço, Mauricio Cardeal Em 15-10-2013 22:55, Basilio de
Bragança Pereira escreveu:
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Use and Misuse of p-Values in Designed and observational studies.pdf
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