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Re: Res: [ABE-L]: Um quarto de seculo!



Caro Denismar
Minha experiencia e nao so na medicina onde estatistica e muito mais aceita por aparecer na maioria dos artigos medicos , mas tambem em geografia geologia , engenharia , nutricao.
Tome cuidado aos seguintes aspectos
1)Nao estar servindo de bucha de canhao e dando cursos quando os proprios medicos estao tirando o corpo fora e fazendo que voce faca , uma selecao preliminar dos alunos. 2)ao final do curso voce esteja repetindo tudo de novo , quando eles agora realmente estao interessados , e ja esqueceram o assunto. Voce neste final do curso por acaso ensina analise multivariada (PCA, Log linear models , factor analysis , cluster analysis, Bayesian statistics etc) ou repete o curso dos primeiros anos? Com quatro cursos voce tem a obrigacao de chegar a esses assuntos. Basilio Denismar Nogueira Escreveu:
Uma
experiência interessante.
Trabalhei em uma faculdade particular lecionando estatística para o curso de
medicina. Desde muito tempo, existia uma briga enorme dos alunos para retirarem
a estatística do curso por acharem que não seria importante e pelo grande
número de reprovados no primeiro semestre do curso. Depois de muita conversa e
com o intuito de melhorar o curso conseguimos aumentar a carga horária. Como no
curso de medicina o grande foco dos alunos é fazer a prova da residência,
percebemos que cada vez mais esta exige conhecimento de bioestatística e
epidemiologia. Desta forma colocamos estatística nos primeiros anos em duas
disciplinas e no quinto e sexto ano preparando-os para a residência. Percebe-se
claramente um amadurecimento dos alunos do início para os do fim do curso, em
todos os aspectos, facilitando e muito o aprendizado deles. Porem, a
Estatística se faz necessária estar presente nos primeiros anos, pois muitas
disciplinas usam termos estatísticos nos seus conteúdos diários. Sei que tenho
uma experiência única, pois acabava lecionando quatro disciplinas de conteúdo
Estatístico dentro de um curso de medicina e que tive um resultado muito
interessante. []s Denismar A. Nogueira
Prof. Adjunto
Departamento de Ciências Exatas Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG (35) 3299-1447

________________________________
De: Prof. Marinho G. Andrade Filho <marinho@icmc.usp.br>
Para: Basilio de Bragança Pereira <basilio@hucff.ufrj.br>
Cc: silvia.shimakura@ufpr.br; abe-l@ime.usp.br
Enviadas: Terça-feira, 2 de Junho de 2009 10:14:36
Assunto: Re: [ABE-L]: Um quarto de seculo! Caro Basilio, Gostei muito da frase: "Variável aleatória para um matemático e apenas uma função mensurável, para um estatístico é a alma de uma observação."
Aqui no ICMC USP - São Carlos, nos confrontamos sempre com alguns matemáticos afirmando que a estatística é só um (pequeno)
ramo da matemática (segundo alguns, menor que a a álgebra). Esta semana eu perguntei a alguns deles se eles já deram diploma
de algebrista para alguém? ou se existe um bacharelado em álgebra? :-)))
Abs.
Marinho
Basilio de Bragança Pereira escreveu:
Na minha experiencia , acho que o que atrapalha o ensino e portanto a divulgacao da estatistica para outros profissionais e que disciplinas de estatistica para outros cursos tem que ser lecionados nos anos finais do cursos e nao nos primeiros anos como em geral e feito
Como ensinar uma metodologia cientifica como a estatistica se o individuo nao sabe nada de sua profissao e ciencia.
Somente quando ele ja esta com algum conhecimento de sua profissao pode aprender a utilidade dos metodos cienticos como a estatistica.
O problema e convencer os coordenqadores de outros cursos .
Como disse no passado estatistica nao e matematica , e nao pode ser  ensinada como matematica nos primeiros anos dos cursos. Nao estou dizendo que o estatistico nao precisa saber matematica, mas apenas que e mais dificil que matematica.
Novamente parafraseando um grande estatistico (Se nao me engano G Watson)
Variavel aleatoria para um matematico e apenas uma funcao mensuravel, para um estatistico e a alma de uma observacao. Ou de outra forma: a observacao e o nascimento de uma variavel aleatoria.
Basilio
+
Prof. Marinho G. Andrade Filho Escreveu:
Caros,
Acho muito difícil divulgar o potencial da estatística para outras áreas quando nos currículos destas áreas, tais  como engenharias,
biologia e outras, o pouco conteúdo de estatística que é ministrado tem sido dado de forma diluída em algumas disciplinas destes curso,
isso tem ocorrido com algumas engenhas ao ministrarem disciplinas de confiabilidade e controle de qualidade.
Como resultado se ver fragmento de estatística ministrada para esses estudantes, em geral de forma superficial e por professores que mal
conhecem meia dúzia de distribuições e nem, seque sabe fazer um teste t para comparação de duas médias.
Um caminho que acho interessante seria promover, para estudantes e profissionais destas diferentes áreas, palestras e apresentações de
aplicações da estatística de bom nível aos problemas destas áreas (porém com uma visão mais aplicada do que teórica).
Mas acho que a estatística no Brasil ainda é muito jovem, e precisamos nos preocupar muito mais com a qualidade dos bacharelados e
mestrados antes de pensarmos em outras áreas.
Abs.
Marinho
Silvia Emiko Shimakura escreveu:
Hedibert,
penso que temos que nos unir para que a Estatística no Brasil enquanto
conhecimento/área/profissão como um todo possa ter sua importância
reconhecida e admirada.
Acredito que todos que fazem uso da Estatística (com ou sem carteirinha)
gostariam de receber um olhar de admiração e não de espanto ou de
interrogação ao citar sua profissão.
Nós da área sabemos o quanto somos "sexies" :-)
Auto-estima não nos falta...mas o mundo não sabe disso.
Volto a dizer...precisamos mesmo de um bom marketeiro.
Abs,
Silvia
Porque nao fazer isso sem o conre? Pelo que me lembro o conre exigia
que somente estatisticos fizessem estatistica.  Tomara que tenham
mudado, mas minha priori e' pouco credula nessa direcao.
Abs,
Hedibert
On Jun 1, 2009, at 11:58 AM, "Silvia Emiko Shimakura"
<silvia.shimakura@ufpr.br
> wrote:
Caros redistas,
como todos nós sabemos atrair bons alunos para a graduação em
Estatística
não é exatamente uma missão fácil. Penso que muito dessa
dificuldade pode
ser explicada pela falta de informação da sociedade em geral sobre q
uais
são as competências deste profissional. Ninguém tem dúvida do que
pode
fazer um médico, um advogado, um engenheiro, mas quantos sabem o que
 faz
um Estatístico?
Minha sugestão é que a ABE lidere juntamente com o CONRE um movimen
to
AMPLO de divulgação das áreas de atuação de um profissional de
Estatística. Porque não torná-la uma profissão "sexy" já que é
isso mesmo
que ela é? Se até o Lula tem seu marketeiro por quê não a
Estatística?
Silvia
-- Profa. Silvia Shimakura, PhD
Laboratório de Estatística e Geoinformação
Universidade Federal do Paraná


Basilio de Bragança Pereira
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-Faculty of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045
www.po.ufrj.br/basilio/
*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brasil
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Basilio de Bragança Pereira
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-Faculty of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045
www.po.ufrj.br/basilio/
*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brasil