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Re: [ABE-L]: pequena ajuda



Caros,

Acredito que esta valorização e reconhecimento só serão obtidos quando a sociedade tomar conhecimento da importância.

A Daniele levanvou uma grande militância que o Matias fazia junto aos colégios do RJ para apresentar a estatística, em especial a ENCE (por motivos óbvios).

Lembro que a decisão que tive por optar por cursar estatística foi graças a dois grandes pesquisadores (e principalmente pessoas) que, em minha festa de formatura do colégio, me falaram positivamente do mercado de estatística no RJ-SP e também da dificuldades e benefícios que teria ao cursar este bacharelado. Acabei optando por arriscar e hoje posso dizer que não me arrependo.

Todas as vezes que filhos de amigos e outros colegas vem concersar comigo sobre o que devem fazer. Pois queriam fazer outras profissões que estão com mercado inflado e tem boas habilidades matemáticas recomendo sempre a estatística, mostrando todos os beneficios que se pode ter ao seguir nesta profissão.

Por fim, acredito que esta militância em mostrar a estatística nas escolas e empresas é fundamental para conseguirmos jovens interessados em pesquisar e desenvolver.

Ao ler a mensagem do Renato fiquei bem interessado com o Curso e acredito que demais jovens formados também tem interesse. Cada vez mais a necessidade de trabalhar com grandes bases de dados se faz presente. Neste sentido acho que boa parte das graduações em estatística devem começar a repensar seus currículos para poder oferecer isto a seus alunos.

Espero ter contribuido com meus centavos!

Um abraço,
Leandro

Atenciosamente,
Leandro Marino
http://est.leandromarino.com.br/Blog
Cel.: + 55 21 9845-7707
Cel.: + 55 21 8777-7907



Em 3 de abril de 2011 12:09, gausscordeiro <gausscordeiro@uol.com.br> escreveu:

Caros Redistas,

 

Em pleno domingo – dia canônico de descanso-, bom verificar que vários colegas (Dóris, Eulália, Denise,

Renato, Carlinhos, ...) estão empenhados em buscar estratégias, para enfatizar melhor para a sociedade brasileira, o

papel importante da Estatística, por englobar importantes técnicas de gestão e de apoio em todos as áreas do conhecimento.

No passado, encontramos várias pessos que deixaram a Engenharia para trás e foram trabalhar em Estatística, inicialmente no

campo acadêmico. Djalma Pessoa, Luiz Sabóia, Fernando Chyoshi e João Lizardo são os nomes que me vem a mente agora.


Da minha geração, vários outros engenheiros: Luiz Hotta (nosso presidente), Kaizô, Bartman, Amorim, entre outros,

motivados pelo Dachs, Júlio Singer e eu abandonamos a Engenharia.

 

Mais recentemente, o Michel Ferreira da Silva (professor da UnB), desistiu de cursar Engenharia no ITA, para fazer Matemática na

UFPE. Ajudei a descobrir à Estatística num curso de probabilidade que ministrei e depois, ele fez Mestrado (com o Cribari e Alejandro)

e doutorado com Silvia Ferrari, tudo de forma brilhante. Contudo, o processo de trazer bons talentos de outras áreas para a Estatística

não é trivial!

 

Cordiais Saudações,

Gauss

 

"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).



 




Em 03/04/2011 11:32, Doris Fontes < dsfontes@gmail.com > escreveu:

Ainda nessa linha de estatística + computação gráfica, há muito material interessante sendo desenvolvido por universidades e/ou empresas  que se dedicam à organização de dados para facilitar a sua leitura.

Um exemplo: A map of global earthquake intensity, showing magnitude and density of seismic activity weighted by population -
http://statpics.blogspot.com/2011/04/earthquakepopulation-density-map.html

Sobre o mercado: com a conta de cerca de 400 formandos por ano, acho que a disputa por estatísticos ainda vai continuar acirrada. Ainda mais se observarmos a alta demanda por estatísticos pelo mundo afora. Veja um exemplo: http://www.stat.ufl.edu/vlib/Index.html

Doris



Em 3 de abril de 2011 11:05, Renato Assunção <assuncao@est.ufmg.br> escreveu:
Caros ABELianos,

Para que os estatisticos possam realmente surfar nesta maravilhosa onda em que
"statistics is now the sexiest subject around” e' necessario que
adaptemos e mudemos
muito a grade curricular dos cursos de graduacao e pos-graduacao (e a
valorizacao
de areas de pesquisa e publicacoes que hoje nao sao muito consideradas na
avaliacao pelos pares). E uma das areas muito necessitadas e' computacao.

Parece que finalmente convenci dois colegas meus, Marcelo e Marcos, a
criarem um curso de
computacao para estatisticos. O curso deve ensinar a mexer com grandes
bancos de dados
(fundamental em qualquer empresa hoje em dia) e ensinar a fazer um
pequeno software com
interface grafica para o usuario. Assim, o aluno podera' ficar
capacitado a construir solucoes
prop rias para problemas dentro de empresas. Oxala os alunos percebam a

importancia
desse curso optativo e se matriculem e facam ate o final. Oxala' o
sinape passe a ter sessoes
e apresentacoes com este carater. Oxala' parte dos estatisticos jovens
dediquem-se com afinco
a estas areas de pesquisa (visualizacao de GB de dados, tecnicas de
machine learning), etc.

Como esta tendencia ja foi iniciada nos melhores departamentos dos EUA
e como os estatisticos
jovens de la possuem este tipo de mentalidade, a gente deve ver estas
mudancas ocorrerem por aqui
tambem no futuro.

Um excelente testo e' o artigo do The American Statistician de Deborah
Nolan e Duncan Temple Lang:
Computing in the Statistics Curricula em
http://www.stat.berkeley.edu/~statcur/Preprints/ComputingCurric3.pdf
ou em
http://pubs.amstat.org/doi/pdf/10.1198/tast.2010.09132

Veja tambem este workshop liderado por estes autores, com muito
material disponivel para download:
Workshop: Integrating Computing into the Statistics Curricula
http://www.stat.berkeley.edu/~statcur/Workshop2/

Uma dificuldade para a implementacao desta ideia e' a falta de
familiaridade da maioria dos estatisticos
que sao os professores atuais com estas tecnicas, eu incluso. Mas eu
acredito firmemente que devemos
ensinar aos alunos (memso que tenhamos de aprender com eles) o que
eles vao precisar dentro de 20
anos e nao o que foi sexy ha' 20 anos atras.

Renato

Em 3 de abril de 2011 10:20, Raphael Saldanha
<saldanha.plangeo@gmail.com> escreveu:
> Prezados,
> Optei como graduação, o curso de Geografia, o que foi de grande espanto para
> a minha família. Não recebi exatamente apoio e incentivo, mas ouvia que "no
> pior, ele pode dar aula".
> No fim da graduação descobri a Estatística, e me apaixonei. Fiz
> especialização em Estatística, e quero começar um mestrado logo. Agora, o
> espanto das pessoas é maior: o que mais ouço é "o que Geografia tem haver
> com Estatística??".
> É grande o desconhecimento sobre as duas ciências, e ainda mais sobre suas
> interfaces.
>
> 2011/4/3 Doris Fontes <dsfontes@gmail.com>
>>
>> New York Times de hoje: When the Data Struts Its Stuff
>> http://www.nyt imes.com/2011/04/03/business/03stream.html
>> Em 3 de abril de 2011 09:02, Denise Britz do Nascimento Silva
>> <denisebritz@gmail.com> escreveu:
>>>
>>> Gauss
>>>
>>> quem sabe a notícia abaixo do NY times ( que já esteve nesta lista antes)
>>> ajuda seu aluno a convencer aos pais que a Estatística é uma boa profissão e
>>> que o rapaz...se estudar e se dedicar à carreira...tem futuro :-) :-) .
>>> (Aliás..eu sempre acho que quem faz o que gosta tem futuro em qq carreira).
>>>
>>> http://www.nytimes.com/2009/08/06/technology/06stats.html
>>>
>>> Abraços
>>> Denise
>>>
> >> Em 3 de abril de 2011 04:14, Doris Fontes <dsfontes@gmail.com> escreveu:
>>>>
>>>> Vejam que curiso: no website do Depto de Estatística da UFRN
>>>> (http://www.estatistica.ccet.ufrn.br/) há a seguinte enquete:
>>>> A Revista Super Interessante publicou uma matéria mostrando que
>>>> a ESTATÍSTICA É A PROFISSÃO DO FUTURO. Você concorda com essa afirmação?
>>>> Sim
>>>> Não
>>>> Não tenho opinião formada
>>>>
>>>> Os resultados parciais são:
>>>> Sim = 145 (65%)
>>>> Não = 54 (24%)
>>>> Não tenho opinião formada = 25 (11%)
>>>> Ou seja, 35% dos respondentes ainda não se convenceram que a Estatística
>>>> é uma carreira promissora.
>>>> Falta, sim, muita divulgação tanto ao aluno do Ensino Médio (que não
>>>> busca a carreira), ao ingressante (que não vê razão para se formar) e ao
>>>> empregador (que não vê razão para contratar).
>>>> Quanto ao início da carreira, eu particularmente não vejo problema
>>>> nenhum em começar "por baixo" em terreno desconhecido. O curso de
>>>> estatística é muito focado na área técnica e pouco nos informa sobre outras
>>>> áreas. Assim, para ser um bom estatístico, pode ser útil ter passado por
>>>> algumas áreas mais "chão" aprendendo/crescendo/amadurecendo um pouco, para
>>>> depois poder analisar com mais propriedade. Sou favorável, inclusive, do
>>>> voluntariado (que fal ta muito aos jovens estatísticos do Brasil).

>>>> Abraços,
>>>> Doris
>>>>
>>>> Em 2 de abril de 2011 22:13, Danielle Steffen
>>>> <daniellesteffen@yahoo.com> escreveu:
>>>>>
>>>>> Prof. Gauss,
>>>>> ISso e muito comum. Lembro do trabalho de "evangelizacao" do Prof.
>>>>> Matias nos colegios do Rio, para divulgar o curso. E lembro de, como membro
>>>>> do DA na epoca, ligar para os RHs do Rio e explicar o que era o curso.
>>>>> Inclusive em relacao a base salarial, que sempre colocavam la embaixo.
>>>>> Alias, ficava tao brava com os estagios-escravos que as vezes eram colocados
>>>>> no mural, que sempre arrancava as folhas de la. Sempre falei que se voce
>>>>> comeca por baixo, demora mais pra subir. E uma questao de auto-imposicao.
>>>>> Nao tive o que reclamar depois.
>>>>> Abs,
>>>>> Danielle
>>>>> ________________________________
>>>>> De: gausscordeiro <gausscordeiro@uol.com.br>
>>>>> Para: abe-l@ime.usp.br
>>>>> Enviadas: Sábado, 2 de Abril de 2011 19:24:30
>>>>> Assunto: [ABE-L]: pequena ajuda
>>>>>
>>>>> Caros Redistas,
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> Recebi hoje um email de um aluno (pediu para não ser identificado) que
&gt ;>>>> me disse que andava constrangido em sua casa, por está fazendo o terceiro

>>>>> ano de graduação de Estatística, quando seus irmãos mais velhos estavam se
>>>>> formando em Medicina e Engenharia Elétrica.
>>>>>
>>>>> Os seus pais sugeriram que ele deveria abandonar Estatística e fazer
>>>>> vestibular para um curso "de maior potencialidade" (segundo suas palavras).
>>>>>
>>>>> Depois de freqüentar a 12ª EMR, esse jovem ficou tão encantado com a
>>>>> Estatística que tomou a seguinte decisão (segundo suas palavras):
>>>>>
>>>>> "irá concluir o curso e fazer pós-graduação para ser pesquisador nesta
>>>>> área".
>>>>>
>>>>> Fiquei contente em saber que estamos ajudando que no ssos alunos tomem

>>>>> decisões corretas.
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> Boa noite,
>>>>>
>>>>> Gauss
>>>>>
>>>>> "There is no branch of mathematics, however abstract, which may not
>>>>> some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).
>>>>>
>>>>>
>>>
>>
>
>
>
> --
> Atenciosamente,
>
> Raphael Saldanha
> saldanha.plangeo@gmail.com
>